O aluno do século 21 não está mais
adepto as teorias tradicionais de ensino e aprendizagem, pois a sociedade pede
para que ele seja protagonista do seu próprio conhecimento, ao invés de esperar
que um professor faça as pesquisas e deixe tudo pronto. As competências
socioemocionais são importantes tanto para os adultos quanto para as crianças,
pois conhecer a si mesmo e os seus limites são necessários para manter um
equilíbrio emocional. A inclusão dessas competências precisa ser trabalhada de
forma direta, intencional.
A nova visão não deixa de lado os fatores importantes como: interpretar,
refletir, pensar, até porque assim como esses fatores auxiliam as competências
socioemocionais a terem um papel ativo na educação do aluno. As pesquisas
apontam que os alunos que possuem competências socioemocionais mais desenvolvidas
apresentam maior facilidade e organização com os conteúdos e isso perpassa pela
vida adulta. Esse tema é algo muito recente, pois surgiu nos anos 90 com o
intuito de considerar o ser aluno em sua integridade, em seu todo.
A Unesco oferece quatro pilares para a educação: 1. Aprender a conhecer,
2. Aprender a fazer, 3. Aprender a ser e 4. Aprender a conviver. Depois dessa
publicação dos quatro pilares começaram as pesquisas acerca de como ligar a
educação socioemocional com o desenvolvimento cognitivo. Os psicólogos criaram
a teoria do “Big five”, na qual é possível analisar a personalidade humana em:
abertura a novas experiências (a tendência do indivíduo de ser deixar ser
aberto para algo novo), extroversão (pessoa com comportamento amigável,
comunicativa), amabilidade (não pensar só em si), consciência (pessoa organizada, responsável)e estabilidade
emocional(não ter mudanças repentinas de humor).
Aproximar o ambiente escolar em desenvolvimento de competências
socioemocionais possibilita um espaço para uma aprendizagem mais completa e que
trás um impacto no bem-estar ao longo da vida. Um dos desafios da escola no
século 21 é como inspirar os alunos enquanto eles aprendem e trazer para eles
um gostinho de quero mais. Os estudos orientados possibilita que o aluno e o
professor reconheçam os postos positivos e negativos de determinas atividades,
dinâmicas e metodologias.
Os alunos se tornam mais responsáveis, focados e organizados na sua
maneira de aprender e em alguns casos o seu desenvolvimento se torna maior do
que dos alunos que não possuem os conhecimentos socioemocionais trabalhados na
escola. Com isso, é possível melhorar os índices de desempenhos dos alunos e ao
mesmo tempo promover novas aprendizagens, diminuindo os números de evasão
escolar, repetências. No Canadá foi adotado o método de ensino a partir das
habilidades socioemocionais.
No primeiro momento, diretores e gestores decidiram entre si quais
seriam as habilidades e competências que gostariam de ser trabalhadas ao longo
do ano. Em seguida, fizeram uma consulta pública aos demais componentes da
comunidade escolar dá suas ideias e sugestões acerca do tema. O objetivo é que
as crianças quando saírem da escola se tornem pessoas mais preparadas e
seguras. O currículo inclui um tema muito importante: a resiliência – que é não
desistir de algo após um ou mais obstáculos.
Os professores se tornam mediadores do conhecimento e acabam aprendendo
com os seus alunos, mas essa mudança de detentor do conhecimento para mediador
passou por uma capacitação e atividades de formação. Assim, é possível que a
mudança ocorra e que os alunos se tornarem pensadores críticos. O maior desafio
é usar a tecnologia dentro de sala de aula em que a função seja didática.
Os alunos passam por um processo de autoavaliação, que permite avaliar
seu desenvolvimento evolutivo e ajudar a escola a identificar ações para o
desenvolvimento. Após uma avaliação baixa que ocorreu no IDEB de 2013, o estado
do Ceará começou a mudar o seu modo de ensinar, pensando em um currículo com a
cara da juventude. O ensino buscou articular a área do conhecimento como
ciências, pesquisa e trabalho, entendidos como eixos integradores.
Em 2012, as equipes se organizaram para dar foco em cinco áreas: 1)
articulação de gestores, professores do Núcleo, da escola, técnicos da Seduc;
2) criação e estruturação do material didático-pedagógico; 3) capacitação por
imersão, continuada e em serviço; 4) monitoramento e avaliação do processo; 5)
sistematização da prática. A metodologia buscar proporcionar ao professor uma
reflexão sobre o modo como ele age dentro de sala de aula e como poderia
melhorar, em alguns casos há professores que foram críticos a nova proposta e
que não quiseram aderi-la.
As competências
socioemocionais precisam identificar obstáculos, priorizar objetivos e
replanejar ações ao longo do ano pela escola e pela família ter o
acompanhamento e incentivo para que as áreas do “Big Five” tenham um maior
desenvolvimento. Em uma das análises foi possível observar que os alunos de
mães ou pais com pouca escolarização não ficam para trás daqueles que possuem
grande escolarização. O instrumento de avaliação conta com material de apoio e
um programa para facilitar a inserção de dados e geração de devolutivas.
Um
dos métodos que podem ser utilizados é de encorajar os alunos a pedir ajuda com
isso o professor é estimulado a adotar elogios para que as perguntas e
questionamentos sejam vistos como pontos positivos, assim como realizado em
Nova Iorque, outro fator correlato a esse é que muitas vezes os alunos não
possuem uma motivação dentro de casa e a escola pode oferecer isso. Os alunos
precisam de um momento entre eles para debater o que eles entenderam sobre o
assunto, quais as sugestões. Essa metodologia serve para acabar com o preconceito
que há entre as disciplinas e por finalidade também trabalham com a
indisciplina.
Uma
opção de recurso pedagógico que pode ser utilizado é os jogos, pois no momento
em que eles estão se divertindo é possível perceber vários traços de
personalidades e as dificuldades encontradas sejam no jogo ou na convivência
com o outro. O uso dos jogos trás mais flexibilidade para o aluno em aprender
de forma autônoma. O desenvolvimento das competências socioemocionais é algo que
ainda está sendo debatido em como, e o que pode ser utilizado na educação
brasileira como um todo e não apenas em alguns estados.
Referência bibliográfica:
PORVIR, 2014. Disponível em: <http://porvir.org/especiais/socioemocionais/>.Acesso
em 17 de outubro de 2019.
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