Chegou a hora que nós, professores, temos que saber argumentar com os nossos alunos.
Situação:
Julia é a professora do berçário 2 na escola Cantinho Feliz, no município de São Gonçalo – RJ. Todos os dias realiza a rotina indicada para a faixa etária da turma e, ultimamente, tem sido desafiada pela presença das constantes mordidas em seu grupo. No início do ano, apenas uma criança mordia a maioria dos (a) colegas, mas somente em situações que envolvia disputa de brinquedos. Atualmente, todas as 12 crianças da sua turma, já foram mordidas.
Na última quinta-feira, no momento da escovação de dentes após o almoço, uma criança mordeu todas as onze num intervalo de apenas 15 minutos. O grupo ficou muito agitado o restante do dia, sendo desafiadora a realização de atividades pedagógicas, brincadeiras, e até mesmo o cuidado básico.
Com o apoio da gestão escolar, Julia criou um projeto que envolvesse as crianças e suas famílias, trouxe histórias, construiu bonecos e jogos, simulou situações diversas, com o objetivo de juntos superarem essa fase. No entanto, a mãe de uma criança que foi mordida sete vezes na mesma semana, muito indignada com a recorrência, foi até a escola e pediu para saber o nome da criança que estava mordendo o seu filho. Julia não identificou a criança e convidou a gestora da escola para participar da conversa. A mãe da criança mordida disse que o filho já tinha dito o nome da criança e chamou essa última de “pit baby”, fazendo uma referência a raça canina “pit bull”. A conversa foi finalizada abruptamente, pois a mãe da criança mordida, viu a suposta mãe da outra criança que ela acreditava que mordia seu filho, a puxou pelo braço e deu um tapa, se justificando em voz alta que a outra não sabia educar seu filho “mordedor”. Toda a equipe da escola se mobilizou para minimizar esse conflito, mas a situação ficou muito desgastante e desconfortável para todos (a) envolvidos (a).
Vamos aprender três formas de mediar um conflito usando uma comunicação não violenta:
1) 1) Conversar com a equipe escolar novamente sobre o
problema para chamar a mãe do aluno que acusou o outro de “pit baby” e explicar
que esse comportamento é referente a faixa etária da criança e que precisa ser
trabalhado dentro e fora do ambiente escolar. Após a explicação com a mãe para
tentar acalmar os ânimos, pedir para que não rotule a criança, pois assim acaba
trazendo apelidos indesejáveis que podem gerar até bullings futuramente.
2) 2) Em seguida, chamar para conversar as duas mães que
aconteceu o fato do tapa, para pedir desculpas e explicar o que houve e que
jamais irá se repetir. Tem que ouvir os dois lados da história para deter
melhor discernimento do que gerou a ação do tapa, afim de que não aconteça
mais.
3) 3) Com os alunos, a professora irá fazer um trabalho
de conscientização junto com a participação da família para que essas mordidas
embora sejam da faixa etária precisam ser trabalhadas para que não aconteça
mais esses eventos nem mesmo pela disputa de brinquedo.
A professora aqui gravou um vídeo para a professora que está aí se inspirar e ter novas ideias:
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